Salete Pimenta Tavares
A Igreja Católica, através da Arquidiocese de Natal, vem realizando encontros de coordenadores e agentes da Pastoral do Dízimo, com a finalidade de preparar as comemorações dos 15 Anos de fundação dessa pastoral, que celebraremos em 2012.
O 5º Mandamento da Igreja Católica dizia: “Pagar o dízimo, segundo o costume”. O Papa Bento XVI extinguiu o termo “dizimo” desse Mandamento. Agora o 5° Mandamento tem a seguinte redação: “Atender às necessidades materiais da Igreja, cada qual segundo as próprias possibilidades” (Compêndio do Catecismo da Igreja Católica). Esse atendimento se dá em três dimensões: Dimensão Religiosa, Dimensão Missionária e Dimensão Social.
Um Triênio de Preparação para a comemoração desses 15 anos foi planejado, cujo programa de ação consta da formação de novos coordenadores e agentes da pastoral, ou a reciclagem dos mesmos. O Triênio foi dividido em três etapas:
Ano 2010, Dimensão Religiosa, manter o culto; Ano 2011, Dimensão Missionária, investir nos diversos grupos pastorais e Ano 2012, Dimensão Social, investir em obras de caridade.
Nesse ano de 2010, o que está sendo estudado é a Dimensão Religiosa, cujo Tema é: Dízimo: sinal de nossa participação. E o Lema: Devolva o que é de Deus (cf. Mt 22,21). Essa dimensão tem a finalidade de manter o culto, todos os gastos da Igreja (salários de funcionários, luz, água, telefone, limpeza, a manutenção dos padres, a conservação da Igreja, etc.).
Mas o que é o Dízimo?
O termo dízimo vem do latim “décimus” e se refere à décima parte de um todo. A 500 anos, antes de Moisés, o dízimo já era praticado por alguns povos, entre eles, os egípcios e os hebreus. O primeiro homem a reconhecer Deus e lhe devolver o dízimo, foi Abraão, que agradecendo a Ele por suas vitórias, lhe deu a décima parte de tudo. Jacó também pediu a proteção de Deus no caminho que iria percorrer, prometendo a décima parte de tudo que a ele fosse dado.
Porque pagarmos o Dízimo?
Na verdade, a Igreja Católica, ao contrário de muitas outras igrejas, não cobra dízimos, uma vez que o católico paga o que quer e de acordo com suas posses, ou mesmo de acordo com a sua consciência. O dízimo não é pagamento, nem esmola, nem também uma imposição aos católicos. Dízimo é uma doação; é culto a Deus; é agradecimento pelo que somos e pelo que temos; é partilha; é um caminho de transformação; é uma fonte de bênçãos; é testemunho; é caridade organizada.
Enfim, o dízimo é pessoal, é uma obrigação que o cristão consciente impõe a si mesmo.
Portanto, vamos devolver a Deus o que a Ele pertence. Vamos participar da missão de converter a comunidade à partilha, pois a partilha gera amor, e, segundo Madre Tereza de Calcutá “a vida sem amor...não tem sentido”.
Cada um partilhe conforme manda seu coração. ( 2 Cor 9,7 )
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