domingo, 12 de setembro de 2010

A BÍBLIA E O CELULAR

Salete Fernandes Pimenta

Já imaginou o que aconteceria se tratássemos a nossa Bíblia do jeito que tratamos o nosso celular? E se sempre carregássemos a nossa Bíblia no bolso ou na bolsa? E se déssemos uma olhada nela várias vezes ao dia? E se voltássemos para apanhá-la quando a esquecemos em casa, no escritório...? E se a usássemos para enviar mensagens aos nossos amigos? E se a tratássemos como se não pudéssemos viver sem ela? E se a déssemos de presente às crianças? E se a usássemos quando viajamos? E se lançássemos mão dela em caso de emergência? Mais uma coisa: Ao contrário do celular, a Bíblia não fica sem sinal. Ela “pega” em qualquer lugar. Não é preciso se preocupar com a falta de crédito porque Jesus já pagou a conta e os créditos não tem fim. E o melhor de tudo: não cai a ligação e a carga da bateria é para toda a vida.

Quem se liga na Bíblia se liga em DEUS!

Seleção de Arlete Aparecida Bernal

São Paulo/SP

Obs. Essa mensagem saiu no dia 03 de setembro de 2010 na

Folhinha do Coração de Jesus.



domingo, 5 de setembro de 2010

EDGAR MORIN NA UFRN DIA 17 DE SETEMBRO

Foto: Edison Vara / http://educarparacrescer.abril.com.br
Um dos principais teóricos da complexidade, o francês Edgar Morin, virá a Natal dia 17 de setembro para participar da conferência “O destino da humanidade”, que acontecerá na Praça Cívica do Campus Universitário, às 19h. O evento tem o apoio das secretarias estadual e municipal e contará também com a apresentação da Orquestra Sinfônica da UFRN.

Esta é a segunda reunião que faz parte das atividades da Cátedra Itinerante UNESCO - “Edgar Morin” para o Pensamento Complexo (CIUEM) e está sendo organizada pelo Grupo de Estudos da Complexidade – Grecom da UFRN. A conferência discutirá os desafios e propostas para uma educação do século XXI, reunindo acadêmicos, pedagogos, estudantes da rede pública e privada de educação e demais pessoas que estiverem interessadas.

A Cátedra Itinerante foi criada pela UNESCO para fomentar discussões e programas de intercâmbio que tem por base as idéias de um pensador, no caso Edgar Morin. Segundo a coordenadora da Cátedra no Grecom e uma das organizadoras do evento, Ceiça Almeida, o espaço na UFRN foi o primeiro ponto na América Latina a ser criado desde que a sede foi instalada pelo diretor Raúl Domingo Motta em Buenos Aires, em 2000.

Esta é quarta vez que Edgar Morin vem a Natal. Em maio de 1998, Morin veio pela primeira vez e proferiu a conferência “Amor, poesia e sabedoria”. Um ano depois, Morin voltou a convite da reitoria da UFRN para receber o título de doutor Honoris Causa, passando a fazer parte do corpo docente da Universidade. Neste ano de 2010, vem para a segunda reunião da Cátedra Unesco – CIUEM.

Patrono da Conferência

Edgar Morin nasceu no dia 8 de julho de 1921, na França. Um dos expoentes mais expressivos do pensamento mundial contemporâneo, intelectual que deseja e provoca, sem trégua, o reencontro entre ciência e humanismo, entre a cultura científica e a cultura humanística. Um teórico cujas ideias representam uma síntese aberta, e ao mesmo tempo radical, a respeito do papel social e ético do conhecimento deste século.

Formado em História, Geografia e em Direito, Morin é um pensador inclassificável, múltiplo, um “eterno estudante”. Um pensador que politiza o conhecimento, homem para quem só pode haver "ciência com consciência”, professor que expõe suas incertezas e acredita na “boa utopia”, na reforma da universidade e do ensino fundamental. Um educador para o presente e o futuro.
FONTE: http://www.janeayresouto.com.br

Edgar Morin: “O que foge ao cálculo é a emoção, a vida…”

Li ontem nos arquivos do programa Roda Viva (TV Brasil) uma interessante entrevista do filósofo francês Edgar Morin, acontecida há 8 anos (em 2000). Embora o texto da entrevista esteja transcrito por inteiro, há apenas dois minutos de vídeo. Clique aqui para ler a transcrição completa da entrevista e ao trechinho em vídeo.

Morin ressalta que a economia não pode ser a única solução para a nossa sociedade, pois são inúmeras as atividades do ser humano que não podem ser calculadas. Para Morin, a razão fria só existe nos computadores… até um matemático tem paixão pela matemática.

A economia é baseada em cálculos e tudo que foge ao cálculo é eliminado do pensamento econômico. Isto faz com que, infelizmente ou felizmente… o que foge ao cálculo é a emoção, a vida, o sentimento, a natureza humana.”

Ele fala que, além de sermos Homo Sapiens, somos também Homo Economicus (homem econômico), Homo Demens (homem louco), Homo Faber (homem que fabrica), Homo Ludens (homem lúdico, que brinca), o Homo Poeticus (que faz poesia).

Quanto aos avanços da biologia genética, embora Morin seja a favor, ele chama a atenção para os riscos das descobertas estarem atreladas ao lucro de empresas. Como exemplo, ele cita a multinacional Monsanto, que tem feito esforços para se apropriar da “reprodução” dos grãos de milho e de soja geneticamente modificados.

Outro perigo dessa manipulação genética poderia ser, nos seres humanos, o da Eugenia, que no passado eliminava as pessoas que fossem diferentes daquilo que o Estado estabelecesse como padrão de normalidade.

No que tange à psicologia como um todo, temos aqui a discussão sobre Normal x Anormal. Segundo Morin:

Todos os grandes artistas, Van Gogh, que ficou louco, Nietzsche também… não podemos dizer se eram normais ou loucos. Acho a normalização da vida humana um grande perigo.”

Morin lamenta que hajam tão poucos índios na nossa miscigenação brasileira e afirma “A mestiçagem é criativa”.

Ele fala da complexidade, da concepção complexa das idéias, que as idéias existem, pois podemos morrer por uma idéia, matar ou viver por uma idéia. Elas têm poder sobre nós. Morin insiste em que tenhamos uma visão não-fragmentada e não-separada do mundo.

Morin não vê o humanismo separado da ciência:

Nós precisamos… ou seja, os humanistas têm um moinho, mas ele precisa de grãos. E quem traz o grão são as ciências. A intercomunicação da cultura científica com a humanista é, portanto, importante.”

Ele tem uma idéia muito interessante, a meu ver, sobre a morte. De que o ser humano, quanto mais individualista, mais tem medo de morrer, de que o seu “eu”, seu ser, se perca: “a atomização cria a angústia da morte”. Mas a vida em comunidade é capaz de mobilizar as pessoas à solidariedade, a dar a vida pelas pessoas.

… para viver, é preciso correr o risco da morte”

Quanto à violência, Morin lamenta a barbárie antiga “morte, assassinatos, massacres, ódio, desprezo”, mas lamenta também a “barbárie fria, gelada, técnica, que nossa civilização produziu”.

FONTE: http://claytonseveriano.com.br/?p=75

sexta-feira, 3 de setembro de 2010

A COISIFICAÇÃO DO HOMEM

(foto: http://tatuiedilmais.blogspot.com)


O Grande Nobel de Literatura e socialista José Saramago, disse em 27 de Outubro de 1994:

"Um dos assuntos essenciais em toda a literatura não superficial é o da coisificação do homem, que alcança a sua perversidade máxima na exploração de uma classe social por outra, uma exploração que é superável pelo facto de que o homem possui uma capacidade revolucionária tanto para mudar a realidade como para transformar-se a ele mesmo.

(“José Saramago: ‘Hay que construir una iberidad cultural común”, Diario de Córdoba, Córdoba, 27 de Outubro de 1994)

O que o PiG (Partido da Imprensa Golpista, segundo o nosso Paulo Henrique Amorim), combinada com a elite entreguista nacional e setores internacionais da política feudal ocidental desejam é que o Brasil recue nos avanços obtidos no Governo Lula. Não admitem que Dilma seja presidenta do Brasil (também pesa o forte preconceito contra a mulher!).
Fica claro para todos nós que, como nos chama a atenção José Saramago, não podemos "coisificar as pessoas", não podemos fortalecer a ideia da "exploração do homem pelo homem".
Se é verdade que passamos 500 anos de nossa História "pisando no freio", como escrevera Cristóvam Buarque; é verdade também que durante o Governo do Presidente Lula, conseguimos avançar muito e em todos os níveis. Basta ver os números da economia e mais que isso, basta ver a felicidade estampada na cara de nossa gente, especialmente nos mais humildes que sempre foram excluídos do processo de construção da felicidade individual e coletiva.
A imprensa e a elite não desejam que o modelo de governo popular que o PT e os partidos aliados, e os movimentos sociais conseguiram cristalizar no Brasil nos últimos sete anos e portanto criam factóides e uma onda de denuncismo sem medidas e sem limites para tentar impedir que a onda popular que ganhou as ruas em defesa da candidatura Dilma e Temer seja vencedora.
É triste! Eles são testemunhas vivas do sucesso desse modo de governar!
E do ponto de vista econômico, a elite é quem mais ganha financeiramente, basta ver os números...
Mas é isso. Estamos engatinhando para consolidar a nossa democracia e o povo está vendo e sentido as mudanças em seu favor, e certamente não pretede mudar o rumo de nossa nova História.
Já estamos na "Semana da Pátria" e portanto é um bom momento para dizermos a esta imprensa golpista e a essa elite entreguista que "SEM MEDO DE SER FELIZ" haveremos de continuar no rumo do futuro para o Brasil.
Somos milhões com Dilma. Seremos milhões a continuar felizes...

Marcos Roberto Fernandes Gurgel
Cientista Social e Professor de Sociologia e Filosofia do Ensino Médio
Caraúbas - RN

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Viver sob a política e viver com a Política

 Canindé Costa

"O homem é por natureza um animal político". Com essa frase Aristóteles, grande filósofo clássico do pensamento grego, terminava um exaustivo e importante estudo sobre natureza humana e Política. Como Aristóteles, muitos foram os que se aventuraram a conhecer as forças regentes da sociedade e os meios de organizá-la. 
Em nossas aulas de Teoria Política era interessante e instigante desvelar o pensamento de clássicos e contemporâneos acerca da Arte dos governos. Era curioso também notar o cuidado e a habilidade com que pensadores da Política tratavam o tema, como escondiam nos detalhes as partes mais significantes da ideia, tão valiosa para nós estudantes de graduação.
Entre esses autores, tivemos a oportunidade de conhecer o trabalho da pensadora e filósofa alemã Hannah Arendt, que tratando de Política em seus estudos dizia que "o sentido da política é a liberdade". Fustigada pelos horrores que a Segunda Guerra Mundial promoveu - principalmente porque era judia -  Arendt esperava que a Política tivesse esse aspecto redentor e democrático tão desejado na contemporaneidade. Dizia ela: ""A política, assim aprendemos, é algo como uma necessidade imperiosa para a vida humana e, na verdade, tanto para a vida do indivíduo maior para a sociedade. Como o homem não é autárquico, porém depende de outros em sua existência, precisa haver um provimento da vida relativo a todos, sem o qual não seria possível justamente o convívio". Numa visão por vezes romântica do mundo político, Arendt era otimista e entendia que A Política devia ser democrática e não tirânica, redentora e não opressora.
Todo esse esforço intelectualizado das Academias e Universidades pareceu não se popularizar muito em sociedade. Tivemos importantes conquistas pelo mundo, mas em terras tupiniquins, a escolha de representantes ainda passa longe do ideal grego de Política. Vemos atualmente, distorções a esse respeito quando não se vive com a Política e sim sob a política. Explico: encontramos sujeitos que empenham sua inteligência, seus bens, sua família e grande parte do seu tempo - talvez a vida toda - por um lugar, nem que seja de coadjuvante, na novela da política brasileira. Podem, são capazes de caminhar independentes, mas subestimam seu potencial tornando-se dóceis cordeiros na mão de poucos lobos.
Os clássicos da Política já nos mostram que é impossível vivermos sem ela ou fora dela; só não dizem que devemos ser escravos de um sistema político. Porque assim sendo, a política perde sua razão de ser e vira instrumento de opressão. Os clássicos contam boas histórias sobre a Arte da escolha, seus benefícios e até armadilhas, mas não alienam nem submetem os indivíduos. Se para  Hannah Arendt a reflexão leva a teoria de que "o sentido da política é a liberdade", para nós isso deve ser bastante prático, convertido em plena autonomia, digna de homens e mulheres do século XXI.