Canindé Costa
Bater um papinho é muito salutar. Não há quem não reserve – por mais ocupação que tenha – um espaço no seu dia para, pelo menos, trocar uma ideia com o seu grupo ou amigo predileto. Aquela descontração, aquela informalidade é um verdadeiro bálsamo para as feridas que o estresse contemporâneo tem nos causado.
É interessante notar porém, que o exercício da conversa,do debate ou discussão, ultrapassa esse campo da neutralidade, da amistosidade, para tornar-se o elemento mais poderoso de todos os tempos: a força da palavra move o mundo. Foi assim com os grandes conquistadores de nossa História, foi assim com os importantes pacifistas como Gandhi e Luther King, e é assim com todos aqueles que emprestam sua voz e sua inteligência na construção de ideologias, muitas vezes nem sempre positivas, como as que nortearam o genocídio no Nazismo.
Quando imbuída de bons propósitos, A Palavra rende frutos memoráveis para a história de um povo. Usufruímos hoje de conceitos construídos lá na Grécia Antiga com os filósofos, da sabedoria milenar dos orientais, dos grandes ideais cristãos deixados por Jesus e finalmente da eterna capacidade que tem o homem de tornar-se melhor a partir da livre vontade de orientar sua conduta para o bem. É esperado e desejado por todos que cultivam boas atitudes em sociedade, que toda palavra proferida seja usada para tornar essa sociedade melhor, mais digna, mais livre. “O Alpendre” não quer apenas ocupar um espaço virtual, mas servir através de sua atividade como esse lugar da boa prosa, prosa educativa, formadora, cidadã.
Canindé Costa é professor de Sociologia e músico religioso.
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